quarta-feira, fevereiro 12, 2003

2 a 9 de fevereiro, chutando o Balde,
(As notas nota 03, 03*)

nota 03 :

- Tá certo que eu não tinha lá muito dinheiro pra fazer a viagem pra Atlântida, mas alguém me disse que tava tudo certo, e não fez sequer questão de me deixar a par das contas que estavam sendo feitas. Fiquei em Atlântida, no domingo, a ver navios. O que recebi foi 5 reais e um "tu vai conseguir". Situação abominável. E não adianta vir me dizer qualquer coisa a respeito disso, qualquer palavra agora é pior do que o fato em si já consumado. Eu tive sorte de conseguir uma carona logo deepois de pedalar uma hora pensando nessa MERDA toda. Acabei chegando em casa sem maiores problemas. Só ficou o trauma emocional, a decepção por ficar numa situação que podedria ter sido evitada com um pouco de diálogo. Eu não sei o que pensar de alguém que tenta resolver tudo sozinho e no final não consegue tudo. Foi isso que eu vi. eu acho que não farei outra viagem de bike com alguém tão cedo. Pelo menos não nos moldes que foi esta PORCARIA ! que eu fiquei o tempo todo sem saber se voltaria ou não pra casa. É, é isso mesmo, qualquer viagem em que você não saiba como vai fazer pra voltar pra casa, é uma PORCARIA ! A não ser que voltar pra casa não seja seu objetivo final.

nota 03* :

Conversinha no domingo de manhã :
- Tu não tem como ir com ....
- Tá, e o que eu faço com a bicicleta ?
"- Pô cara, eu não posso pensar em tudo, vê se me ajuda !"

- Foi o verdadeiro reflexo da viagem toda. Ele me disse que havia conseguido patrocínio para a viagem, Wizard Idiomas de joinville, que ele disse que era nossa, e disse que desta forma haveria dinheiro para a realização da mesma e também para a volta para casa, que ele me disse que seria de ônibus.
- O detalhe é que ele passou o tempo todo tentando pensar em tudo, sozinho. Deu no que deu. Eu fui o pato que aceitou a condição toda, pra ver no que ia dar... tive sorte, consegui voltar. Ele ? Ele tinha o paitrocínio pra voltar. Conseguiu ligar pra casa e receber dindin no banco. coisa boa né ? E eu a ver navios.
- O que aconteceu foi : no domingo fui informado do término do dinheiro. Ele ainda me disse que não tinha culpa de não haver sido feito um depósto que estava programado apra a sua conta bancária. Ok, ele pode não ter culpa do depósito, mas e o dinheiro que havia nas mãos dele ? Que eu nem sei que quantia era ..... Acho que eu tinha o direito de saber a quantas andava as contas da viagem ! Em certo instante ele me disse : Nós podemos comer aqui sim, tá tudo em ordem. Por que ao invés disso ele não me passou a real situação do caixa ?

- Durante a viagem eu já senti uma certa diferença de tratamento da pessoa dele, parecia que eu era um peso, que eu estava sendo simplesmente levado por ele aos lugares, e que ele era quase um "pai" cuidando de tudo. PAI DESNATURADO esse. Não adianta me convencer do contrário, eu to puto da cara com isso tudo. Falo tudo isso agora porque sei que ele tá em casa, e se tá, espero que esteja sentado lendo isso. pare e pense em tudo o que tu fez, e principalmente no que deixaste de fazer.

- Eu to passado com isso faz horas, aliás, desde antes da viagem eu já estava passado com essa história dele fazer as cosias sem eu saber o que estava acontecendo e ainda ficava me cobrando todos os meus passos. Eu aceitei a situação colocando "fé" na capacidade de administrar do rapaz. Afinal ele se disse tantas vezes meu amigo, e irmão e coisas do gênero, que jamais caberia a mim pensar que ele me deixaria na mão tão longe de casa. Não me importa mais o que aconteceu, nem o como voltei pra casa, o que importa é a situação em si. sem cabimento o que aconteceu.

- Ele volta pra casa : Eu consegui ligar pra ele na segunda feira, próximo ao final da tarde, e ele já estava dentro do ônibus vindo pra Floripa. Eu perguntei pra ele se ele sabia o horário em que o bus iria chegar aqui em Floripa, para eu poder o esperar na Rodoviária (que bonzinho que eu sou né ?), sabe o que ele me disse ? Não sei cara, o bus tá em Criciuma, é pinga pinga, faz as contas... Ele não podia ter perguntado pro Motorista do bus ? Eu falei que ia ligar depois de uma hora, e que esperaria que nesse intervalo ele descobrisse a que horas o bus iria chegar. Nova ligação e nova resposta dele : Não sei, estamos saindo de Laguna, eu não vou levantar daqui, tem gente dormindo ao meu lado e o bus é pinga pinga. Faz as contas. Eu me senti obrigado a perguntar : "- Tu quer que eu vá pra rodoviária ? ou não precisa ?" Ele me diz exatamente assim : Tu que sabe Varda, quer ir vai ! Incrível como ele consegue ser duas pessoas totalmente diferentes em dois instantes diferentes. Fiquei passado com a atitude dele na chega a Floripa. Ele novamente não me comentou nada sobre a dificuldade passada com relação a volta. Parecia que tudo era felicidade. só se for pra ele, porque pra min não.

Talvez deepois eu escreve mais sobre isso tudo, mas por agora já estou desgastado demais com isso tudo. SE ALGUÉM QUISER COMENTAR, FAVOR SER BEM CLARO NOS COMENTÁRIOS, CANSEI DE GENTE OMITINDO INFORMAÇÕES.

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