segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Dias atrás
[ categoria: cotidiano]

Eu to meio sem palavras depois do dia de hoje... ou melhor, depois do entardecer, e do princípio da noite.

Você me faz correr demais os riscos dessa highway
Você me faz correr atrás do horizonte dessa highway
Ninguém por perto, silêncio no deserto,
Deserta highway
Estamos sós e nenhum de nós sabe exatamente onde vai parar
Mas não precisamos saber pra onde vamos, nós só precisamos ir
Não queremos ter o que não temos... nós só queremos viver
Sem motivos, nem objetivos, estamos vivos e isso é tudo
É sobretudo a lei da Infinita Highway
Quando eu vivia e morria na cidade, eu não tinha nada
Nada a perder
Mas eu tinha medo, eu tinha medo dessa estrada
Olhe só, veja você
Que quando eu vivia e morria na cidade
Eu tinha de tudo, tudo ao meu redor
Mas tudo que eu sentia era que algo me faltava
E à noite eu acordava banhado em suor
Não queremos ter o que não temos
Nós só queremos viver com um mínimo de paz
Não queremos lembrar o que esquecemos
Não queremos nem saber
Sem motivos , nem objetivos
Estamos vivos e é só
Só obedecemos a lei dessa infinita highway
Escute, garota, o vento canta uma canção
Dessas que a banda nunca toca sem razão
Me diga, garota, será a estrada um canção?
Eu acho que sim, você finge que não
Mas nem por isso ficaremos parados
Com a cabeça nas nuvens e os pés no chão
Tudo bem, garota, não adianta mesmo ser livre
Se tanta gente vive sem ter o que comer
Estamos sós e nenhum de nós sabe onde vai parar
Estamos vivos, sem motivos
Que motivos temos pra estar?
Atrás de palavras escondidas nas entrelinhas do horizonte dessa highway
Silenciosa highway
Eu vejo o horizonte trêmulo, eu tenho os olhos úmidos
Eu posso estar completamente enganado
Eu posso estar correndo pro lado errado
Mas "a dúvida é o preço da pureza"
E é inútil ter certeza
Eu vejo as placas dizendo não corra, não corra, não fume
Eu vejo as placas cortando o horizonte
Elas parecem facas de dois gumes
A minha vida é tão confusa quanto a América Central
Por isso não me acuse de ser irracional
Escute, garota, façamos um trato
Você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato
Eu posso ser um Beatle, um beatnik ou um bitolado
Mas eu não sou ator, eu não tô a toa do teu lado
Por isso garota, façamos um pacto de não usar a highway pra causar impacto
110, 120, 160, só pra ver até quando o motor aguenta
Na boca em vez de um beijo um chiclete de menta
E a sombra do sorriso que eu deixei
Numa das curvas da highway
Vivemos esperando
Dias melhores
Dias de paz, dias a mais
Dias que não deixaremos para trás

Vivemos esperando
O dia em que seremos melhores
Melhores no amor, melhores na dor

Melhores em tudo

Vivemos esperando
O dia em que seremos para sempre
Vivemos esperando
Dias melhores para sempre

Introdução

Repete tudo



A foto acima é só pra ilustrar o post, pra não deixar passar sem imagem alguma. É uma foto da finaleira do Planeta, no seu segundo dia, Chimarrots [é assim que escreve?] tocando e o sol nascendo, um clima um ... sei lá, tinha algo no ar, que não dá pra esplicar. Eu nunca fui um fã ardoroso desse estilo musical, mas o instante foi propício e fez a hora, foi show de bola !!

O final de semana foi ótimo, mas se comparado com a segunda feira, dá pra dizer que foi fichinha. Se o Planeta foi inesquecível, que palavra usarei pra descrever a segunda-feira ??

Nenhum comentário: