Reajuste faz município perder competitividade, diz consultora
A consultora de recursos humanos Dulce Magalhães falou nesta quinta, dia 1º, sobre o impacto do reajuste da tarifa de ônibus em Florianópolis nas empresas que oferecem subsídio par ao transporte de seus trabalhadores. No último domingo, o preço das passagens na Capital foi reajustado em 15,6% em média.
De acordo com Dulce, o impacto vai além da contratação e da questão da empregabilidade – a tendência é a empresa contratar quem mora mais perto ou que não precise utilizar uma tarifa muito cara – mas envolve também a questão da competitividade.
Hoje o preço do produto não é mais definido pela empresa e sim pelo mercado, diz a consultora. Os produtores e fornecedores de serviço têm que adequar seus custos para oferecer um produto com um preço compatível com o que o mercado está disposto a pagar.
– Temos que pensar também na competitividade do município. Um maior custo de infra-estrutura causa a migração de empresas e a perda de muitos empregos, diminuindo o potencial de empregabilidade da cidade e reduzindo a possibilidade de atrair negócios e investimentos – afirmou, em entrevista à rádio CBN/Diário.
Dulce fez um cálculo simples para explicar a questão: um trabalhador que more em Jurerê gasta, com os preços atuais, R$ 6 por dia. De carro, dependendo do modelo do veículo, esse custo é de R$ 6 a R$ 8.
– Uma pessoa sozinha já valeria a pena. Em duas pessoas, fica supercompetitivo. Eu me pergunto que matemática é essa. A Justiça avaliou os cálculos feitos. Mas a matemática também permite absurdos. Como o custo de um transporte coletivo pode ser igual ou maior do que o custo do transporte individual? Não tem sentido.
Dulce Magalhães destacou que é preciso analisar não só a situação atual, mas também olhar para o futuro. A consultora destacou ainda que Florianópolis tem atualmente um dos maiores custos de vida e de infra-estrutura do país.
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