sábado, novembro 06, 2004

Traduzindo...

Eu comentei "Usei um perfil com mesa classe 3 e alma classe 2... um perfil classe 3"

Vamos por partes.

Um perfil "I", é como um "T" sobreposto a um T de cabeça pra baixo, sendo a mesa, a parte superior do T, que é igual na parte de cima e na parte de baixo, sendo que a pargura da "mesa" é menor que a altura total do perfil... senão seria um perfil H, entendeu isso ? ou preciso desenhar ? [risos]


O perfil "I" é usado exatamente na posição que se desenha o "i", como viga. a mesa superior é comprimida e a mesa inferior tracionada. uma parte da alma, que é a parte que sobra, a parte vertical, funciona a tração e a outra parte a compressão, havendo cizalhamento nessa região.

A definição de classe, 1,2,3 ou 4.... define o quanto compacta é a seção, o quanto essa seção é rigida o suficiente.... vou explicar.

Seções classe 1 são seçoes supercompactas, classe 2, são seções compactas, seção classe 3 são seções não compactas e classe 4 são as esbeltas.

Alguém namora, ou é casado com uma classe 4 ??? [+ risos].

Todo o problema se restringe a utilizar uma estrutura que avise caso seja pra cair por excesso de carga, ou seja.... ela pode resistir a carga calculada, mas pode não deformar elasticamente quando submetida a uma esforço pouco maior, mais próximo do limite de resistência da peça.

As seções compactas plastificam, mas não há redistribuição de momentos; ou seja, os esforços não vão se distribuindo ao longo da peça para que ela vá suportando o esforço sem grandes deformações... ela deforma-se e deu pra bolha.

As seções não compactas permitem essa resistribuição de momentos. Os elementos constituientes de uma seção não compacta podem ser compactos, mas o conjunto pode ser não compacto. É O CASO DO PERFIL QUE EU USEI. Caso uma parte seja compacta e a outra não, tratase o conjunto todo como não compacto. Isso exige um cálculo diferente, mais preciso [risos], mais criterioso e cuidadoso, minorando a resistência das partes para que o elemento possa plastificar sem que haja a flambagem local, que é a quebra, mas deixando acontecer a plastificação e a flambagem inelástica.


FLAMBAGEM LOCAL.

Quando a espessura é muito pequena diante da largura, a flambagem logal pode ocorrer antes da global.

pegue uma régua plástica, de acrícilo não vale, coloque-a sobre a mesa, com o zaro ao seu lado esquerdo e o 30cm do seu lado direito.... coloque uma pilha[1.5V, senão não dá certo...] sob cada extremidade.... vou a barriga da régua ? {duvido que não, tu não ia conseguir colocar a régua de pé na mesa.}

Agora, segure a régua de'pé no mesmo lugar. imaginou a viga apoiada nas pilhas ? a largura da viga é a espessura da régua, e a altura da viga é a largura da régua.... se vc conseguir colocar o dedo nos 15cm.... e empurrar pra baixo, vai ver que a régua vai tender a "dobrar" no meio, ISSO é flambagem local. :)

quer fazer mais fácil ? bebe uma skol, coloque a latinha no chão, e suba nela. [risos] as paredes da latinha sofrem flambagem local. :P

Seções classe 1 e 2 não sofrem flambagem local. :))) É por isso que clalcular um perfil classe 3 é um tanto quando complicado, pois é preciso fugir dela.

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