"Um Papa ligado à oliveira antes do Juízo Final"
A poucos dias do início do conclave, antigos escritos de um santo da Igreja Católica voltam a incendiar a imaginação dos mais místicos. Feitas há quase 900 anos, as profecias de São Malaquias sobre os futuros pontífices motivam comentários em Roma e muitos tentam decifrar os enigmas para descobrir quem será o próximo Papa. Segundo o relato, o novo Papa terá sua história ligada de alguma forma à oliveira.
Começando em 1143, ele listou 112 futuros papas, com informações que muitas vezes foram consideradas indicações acertadas sobre os pontífices. Através de frases em latim, Malaquias descreveu os futuros pontífices. As coincidências nos casos dos últimos papas fizeram a análise das profecias voltar a ser uma brincadeira pré-conclave no século passado. No 107 lugar da lista estava a frase Pastor e marinheiro. João XXIII era patriarca de Veneza quando foi eleito. A ele se seguiu Flor das flores: Paulo VI tinha a flor-de-lis como símbolo. A frase seguinte é Da metade da lua. Albino Luciani (luz branca) nasceu na diocese de Belluno (lua bonita) e o pontificado de João Paulo I durou apenas um mês, de uma lua crescente a outra.
João Paulo II tinha como profecia a frase De labore Solis, que pode querer dizer eclipse ou trabalho do sol. Além de ter sido o Papa que mais viajou, ele nasceu durante um eclipse e sexta-feira, dia de seu funeral, houve um outro eclipse solar, no Pacífico.
Para o próximo Papa, a frase de Malaquias é Gloria olivae. Alguns tentam decifrar o enigma, dizendo que a Ordem Beneditina tem a oliveira como símbolo. Porém, o único cardeal da ordem tem 93 anos. A oliveira é ligada a Israel na Bíblia, o que poderia querer dizer um cardeal de ascendência judaica, como o francês Jean-Marie Lustiger. Foi lembrado também o arcebispo de Florença, Ennio Antonelli, cuja cruz episcopal tem uma oliveira.
O que assusta os menos céticos é que a lista de Malaquias só prevê um Papa além do que será eleito semana que vem. Depois, ele afirmou que o eleito seria Pedro Romano. Em seu pontificado, diz a profecia, Roma seria destruída e ocorreria o Juízo Final.
Bom, num dado instante o Malaquias tinha que encerrar a sua lista, caso contrário viveria até hoje escrevendo a mesma, ou não ?
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