sábado, junho 18, 2005

Tarifas voltam ao valor do mês passado...

Repassando a notícia :
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Companheiros:

Acaba de ser aprovado um projeto de lei na Câmara dos Vereadores, em regime de urgência urgentíssima, reduzindo as tarifas de ônibus da cidade de Florianópolis aos patamares anteriores à majoração determinada pelo Prefeito Dário Elias Berger, no final do mês de maio passado.

O Prefeito havia proposto um projeto de lei subsidiando as tarifas superiores a R$2,00 mas o Legislativo entendeu por bem em apresentar um substitutivo global subsidiando todas as tarifas da cidade, até a implementação do novo sistema que está sendo projetado pelo escritório de arquitetura do ex-governador do Paraná e assassino de sem-terras Jaime Lerner.

O Movimento Passe Livre não é a favor da concessão de subsídios públicos a empresas privadas para salvá-las de suas crises financeiras. Por outro lado, compreende que este projeto foi um recuo da Prefeitura Municipal diante da grandeza das manifestações populares que se realizaram nos últimos 15 dias e que colocaram em xeque a capacidade administrativa do Prefeito em situação de crise generalizada.

O Prefeito Berger se isolou politicamente, sendo duramente criticado inclusive por vereadores da base aliada, de seu próprio partido e do Chefe do Governo na Câmara dos Vereadores, que não puderam esconder sua indignação com a decisão tecnocrata de não baixar as tarifas de ônibus, no momento oportuno, evitando uma onda de convulsão social. Preferiu instalar o caos na cidade, assumindo para si a responsabilidade pela violência policial e a violação dos direitos humanos que se deram na Revolta da Catraca 2005.

A cidade de Florianópolis ficou em estado de ingovernabilidade nas últimas 3 semanas. Na verdade, a polícia militar governou a capital catarinense neste período, demonstrando a fraqueza política de um Prefeito que desconhece a existência dos movimentos sociais e que pensa poder administrar com mão de ferro, descolado da vontade real da população.

Por outro lado, a implementação do passe livre na cidade (que já é lei municipal em vigor desde o ano passado, até agora não regulamentada sob a argumentação de que não haviam fundos para subsidiar a sua efetivação), tornou-se um imperativo categórico. A contradição na argumentação se instalou a partir do momento em que, agora, em regime de urgência e na calada da noite de sexta-feira, se aprova uma lei subsidiando a redução das tarifas.

O Movimento Passe Livre a tempos vem sustentando que a implementação da gratuidade das tarifas de transporte estudantis teria o condão de não somente resolver o problema objetivo dos estudantes, como também reduzir significativamente o valor das tarifas para a população em geral, na medida que a percentagem de 50% (meio-passe), hoje repassada para os consumidores finais (usuários), seria absorvida pelo poder público. Os poderes públicos se fizeram silentes diante da advertência e por isso assumiram o risco de produzir os resultados que agora se observam na cidade: ingovernabilidade, violência policial e militarização da política. Entretanto, agora a redução é uma realidade que traz consigo a discussão real da municipalização do sistema de transportes urbanos, da COTISA e da imediata implementação efetiva do passe livre estudantil.

VIVA A REBELDIA DA JUVENTUDE!
PASSE LIVRE JÁ, BRASIL!
MOVIMENTO PASSE LIVRE
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