domingo, fevereiro 24, 2008

Chance

Eu não quero que o mundo me veja
Preciso de paz para sorver os venenos alheios
Ficar parada em uma caixa de vidro...
Sem respirar...como um abrigo
Eu não quero que as pessoas sintam-me
Quero anular o meu cheiro, o meu sorriso...o meu deslumbre...
Preciso de paz para poder pensar em chegar ao ponto prometido...
É a grande chance de perceber qual o melhor caminho...
Qual a melhor saída...
Qual a melhor ação...
Mas o mundo não me dá essa chance
As pessoas me cobram
Elas me ferem
Elas me odeiam
Sou feita de um tempo diferente
Amo a solidão, imensamente...
E é nela que quero me aninhar...
A solidão me permite sonhar...
Embora sonhos curtos...
O que ousar na vida?
A não ser cultivar feridas...
Desprezar quem está em teu caminho...
Passar por cima de sentimentos...
Isso gera medos...
Daí, corro para os braços do silêncio...
Esse é o melhor caminho...
As palavras, às vezes, destroem mais
Elas nos fazem perder a pureza
E, com certeza, não podem ser desfeitas...
Nem o tempo, nem o tal esquecimento...
Prefiro calar a falar...
Esqueçam-me um pouco...
Para que eu possa lembrar de viver, novamente...
Cris Bastos – 24 -02 -08

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