Quarta-feira, 25 de Agosto de 2004
Um esporte avançado No dia da final no velódromo, os torcedores se deliciaram com os trajes ultra modernos dos ciclistas e as bicicletas feitas com tecnologia de dar inveja à Nasa. Por fora, parece uma nave espacial, por dentro, uma academia de ginástica. Bem-vindo ao velódromo de Atenas. Um lugar onde tudo foi milimetricamente pensado para favorecer a velocidade e a adrenalina. Acessórios de designer arrojado, bicicletas que custam mais caro que carro zero com ar e direção hidráulica. Sofisticação para desafiar a Lei da Física e os limites do homem. No circuito de madeira, os heróis do pedal são australianos, alemães, franceses e britânicos. Não necessariamente nesta ordem. O ciclismo entrou para as olimpíadas na Grécia, nos jogos de 1896. De lá para cá, graças a evolução tecnológica, tornou-se um dos esportes mais bonitos de se ver. Quem não é íntimo, estranha. Uma das finais mais assistidas começa com uma grande desvantagem e um ciclista motorizado. Calma, ele está lá para puxar os outros, deixar todos a 45km/h. Só depois o motor sai de cena e entra a engrenagem das pernas. Vence o mais rápido, vence o australiano que atingiu quase 70km/h. Ele queria ser piloto de Fórmula 1, pois encontrou o caminho do ouro, acelerando um outro pedal.
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