Diante de tais fatos vimos a público declarar:
1.O movimento contra o aumento das tarifas é um movimento autônomo, independente e apartidário. Suas deliberações são feitas a partir de assembléias coletivas e soberanas e não da cabeça de um ou dois "lideres".
2.Depois de um desgaste gerado pela ação brutal da polícia, violando os direitos humanos e civis garantidos pela Constituição Federal, e a conseqüente intervenção da Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional, o secretário de segurança pública de SC, Ronaldo Benedet, que estava na França, retornou ao estado afirmando que houve abuso por parte da polícia, e que havia disposição no sentido de coibir a ação enérgica da PM na repressão ao movimento, fato que interessa a todos que estão na luta e que, durante uma semana, foram tratados com balas de borracha, spray de pimenta e gás lacrimogêneo.
3.Num movimento reivindicatório, os canais de diálogo são permanentemente estabelecidos - e nisso não há absurdo. Absurdo é a utilização oportunista desses fatos, estabelecendo versões distorcidas da realidade, visando criar cizânias no movimento e confundir a população.
4.Portanto, reiteramos que não há "acordo" entre o movimento contra o aumento das tarifas e a Polícia Militar. Nosso diálogo foi no sentido de neutralizar a repressão policial, assim como no ano passado. Não há nenhum acordo possível nesse momento, senão o da redução das tarifas ao patamar anterior.
5.Não podemos estabelecer acordos na tentativa de coibir o "vandalismo" porque não temos controle sobre a massa revolta contra os abusivos valores das tarifas. Somos parte dela, e a ela nos somamos nesta luta. Buscamos sempre politizar o processo, de acordo com as nossas concepções, mas nunca criminalizar o movimento. Essa tem sido a atitude do Governo do Estado e da Prefeitura do município.
6.Reiteramos nossa disposição plena de continuidade na luta, incentivando mobilizações intensas, porque entendemos que essa é a única maneira de chegarmos à vitória.
7.Por fim, denunciamos a tentativa de liquidação do Movimento Passe Livre a qual fomos submetidos desde o primeiro dia de mobilização. O circo montado em torno desse pretenso "acordo" vem dentro dessa estratégia maior, que visa deslegitimar um movimento com larga contribuição na história da cidade e das lutas sociais por um transporte coletivo gratuito e de qualidade.
Revogação da tarifa Já!
Marcelo Pomar.
Matheus Catro.
Movimento Passe Livre, Florianópolis, 08 de junho de 2005.
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Gostei, e pra mim não é nenhuma novidade, a luta continua e eu sou a favor das manifestações, só não estou lá pq não tenho mais saco, mas faço o meu protesto usando menos os ônibus.
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